TEMPO COMUM. VIGÉSIMO SÉTIMO DOMINGO. CICLO A
A LITURGIA DA MISSA, através de uma das mais belas alegorias, fala-nos do amor de Deus pelo seu povo e da falta de correspondência a esse amor. Is 5, 1-7
“Cristo é a verdadeira vide, que dá vida e fecundidade aos ramos, quer dizer, a nós que pela Igreja permanecemos nEle e sem Ele nada podemos fazer (Jo 15, 1-5)”. Concílio Vaticano II, Constituição Lumen gentium, 6.
“Cercou-a com uma sebe – comenta Santo Ambrósio –, isto é, defendeu-a com a muralha da proteção divina para que não sofresse facilmente pelas incursões das alimárias espirituais [...]; e cavou um lagar onde fluísse, espiritualmente, o fruto da uva divina”. Santo Ambrósio, Comentário ao Evangelho de São Lucas, 20, 9.
“Ninguém se vê inteiramente livre da sua fraqueza, solidão ou servidão. Antes pelo contrário, todos precisam de Cristo modelo, mestre, libertador, salvador e vivificador”. Concílio Vaticano II, Decreto Ad gentes, 8
Os descuidos na caridade, os juízos negativos sobre esta ou aquela pessoa, as impaciências, os agravos não esquecidos, a dispersão dos sentidos internos e externos, o trabalho mal feito...,“Fazem muito mal à alma. – Por isso, «capite nobis vulpes parvulas, quae demoliuntur vineas», diz o Senhor no «Cântico dos Cânticos»: caçai as pequenas raposas que destroem a vinha”. Bem-aventurado Josemaría Escrivá, Caminho, n. 329
“Pede ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, e à tua Mãe, que te façam conhecer-te e chorar por esse montão de coisas sujas que passaram por ti, deixando – ai! – tanto resíduo...
“E ao mesmo tempo, sem quereres afastar-te dessa consideração, diz-Lhe: – Dá-me, Jesus, um Amor qual fogueira de purificação, onde a minha pobre carne, o meu pobre coração, a minha pobre alma, o meu pobre corpo se consumam, limpando-se de todas as misérias terrenas... E, já vazio todo o meu eu, enche-o de Ti: que não me apegue a nada daqui de baixo; que sempre me sustente o Amor”. Bem-aventurado Josemaría Escrivá, Forja, n. 41
“Pelo Verbo de Deus, tudo está sob a influência da obra redentora, e o Filho de Deus foi crucificado por todos, e traçou o sinal da Cruz sobre todas as coisas”. Santo Irineu, Demonstração da pregação apostólica
“não se pode dizer que haja realidades – boas, nobres ou mesmo indiferentes – que sejam exclusivamente profanas, uma vez que o Verbo de Deus estabeleceu a sua morada entre os filhos dos homens, teve fome e sede, trabalhou com as suas mãos, conheceu a amizade e a obediência, experimentou a dor e a morte”. Bem-aventurado Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 112
Aquele que permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto, porque, sem mim, nada podeis fazer... Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto e sejais meus discípulos. Jo 15, 5-8
A nossa Mãe Santa Maria há de ensinar-nos a viver cada dia com a urgência de dar muitos frutos a Deus, e a evitar decididamente que cresçam em nossa vida os frutos amargos.