50 ANOS QUE
MADRE MARIA ASSUNTA DA TRINDADE
NASCEU PARA O CÉU!
Madre Maria Assunta da SSma. Trindade
...uma vida escondida com Cristo em Deus!
“Se o grão de trigo caindo na terra não morrer,
fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto”
(Jo 12:24)
Se tudo, segundo a ordem divinamente admirável da Providência, possui o seu tempo, isto é verdadeiro, de modo muito particular, naquelas instituições religiosas suscitadas por Deus, nas várias épocas, no seio da Igreja. Assim a Providência divina quis a instituição da Congregação das Servas da Santíssima Trindade; uma Congregação que, surgida toda para o Clero, vive unicamente para o Clero. Considero, portanto, oportuno, para o conforto dos irmãos, que combatem as santas batalhas de Deus, tornar conhecido brevemente a origem e a finalidade desta nobre e santa milícia.
Madre Daria Assunta da SSma. Trindade
FUNDADORA das SERVAS da SSma. TRINDADE
A Congregação das Servas da Santíssima Trindade surgiu em Pádua, em setembro de 1914, fruto precioso de um coração aceso de amor materno para com aqueles aos quais, pela sublime e formidável missão de Mediadores entre Deus e os homens, se impõe a vida dos Anjos pela pureza e dos Serafins pelo Ardor. Como todas as obras do Senhor destinadas a produzir frutos de bem incalculáveis, também esta requer um preço de enormes sacrifícios. Se sabe que somente o sangue do coração, unido ao sangue de Cristo, faz germinar sobre a árida terra as flores do heroísmo cristão. Deus – é o seu estilo divino – faz a demolição para depois edificar.
Padre Agostino Partesani
Confundador das Servas da SSma. Trindade
Com o convite de Sua Eminência Monsenhor Anselmo Rizzi, em setembro de 1935, as Servas da Santíssima Trindade se transferiram para Rovigo (Piazza S. Bortolo, n. 2). Em fevereiro de 1944, um Decreto da Sagrada Congregação para os Religiosos concedia a elevação canônica da “Pia União das Servas da Santíssima Trindade” a Congregação Religiosa”, cuja Casa Generalícia tinha sido recentemente transferida para Roma, na Via Giannino Ancillotto, n. 6. O Cardeal protetor da Congregação foi Sua Eminência Pietro Ciriaci, Prefeito da Sagrada Congregação do Concílio.
Nossa Senhora “Mãe do Emanuel” imagem venerada
no jardim do Mosteiro – Maceió (Brasil)
Finalidade específica e características da Congregação
Esta nova Congregação sintetiza harmoniosamente a solidez do antigo com a atualidade do novo. Possui em comum, de fato, com as antigas Ordens Claustrais femininas, uma vida contemplativa (porém, não se exclui o ramo de vida ativa) conduzida na mais estrita clausura. E tem em comum com as Congregações modernas, uma missão de imensa, palpitante atualidade: uma vida angélica e seráfica – pelo menos nas intenções e no esforço constante – consumida toda pelo benefício dos Ministros de Deus. Grupos de pessoas, presentes em diversos lugares, animados pelo desejo de rezar pelo Clero e de coadjuvá-lo espiritualmente na sua sobrenatural missão, sempre existiram na Igreja de Deus. Faltava, porém, uma Congregação, elevada canonicamente, ou seja, todo um organismo que consagrasse todas as suas forças, que gastasse toda a sua vida pelo Clero.
Nossa Senhora “Mãe do Emanuel”
Esta Congregação é hoje um fato realizado.
O Ecce ancilla Domini, síntese da imolação, pronunciada no momento mais solene da história do mundo pela humilde e alta menina de Nazaré, se tornou o lema, a palavra de ordem, o luminoso programa da Congregação e de cada uma daquelas que a compõem.
O Ecce ancilla Domini, síntese da imolação, pronunciada no momento mais solene da história do mundo pela humilde e alta menina de Nazaré, se tornou o lema, a palavra de ordem, o luminoso programa da Congregação e de cada uma daquelas que a compõem.
As Servas da Santíssima Trindade, animadas pelo espírito profundamente cristão e mariano (o duplo espírito que constitui a alma sacerdotal), no místico silêncio do seu retiro, conduzem uma vida de contínua imolação pela salvação, pela santificação e pela fecundidade pastoral do Clero de todo o mundo. Pelo Clero fazem adoração diurna e noturna do Santíssimo Sacramento, como mística sarça que arde sem se consumir. Pelo Clero recitam quotidianamente o Ofício Divino, sempre diante do Santíssimo Sacramento, nas horas estabelecidas pela liturgia, onde se sentem mais estreitamente unidas aos Sacerdotes de todo o mundo. Pelo Clero, ou melhor, para ser para ele sempre mais útil, elas “se santificam”, persuadidas que para transmitir, como canais, as ondas da graça divina, sem a qual em vão as mãos do Sacerdote “planta ou irriga”; é indispensável harmonizar sempre mais a pureza do canal transmetidor com a infinita pureza da fonte transmetidora, que é Cristo.
Nossa Senhora do “Sim”
imagem venerada na Capela do Mosteiro –
Itália
(Pintura executada por uma monja do
Mosteiro)
As “Servas” não se cansam de pedir à Santíssima Trindade, “fonte de salvação”, à qual é divinamente relacionada a “Mediadora de todas as graças”, numerosos santos e Sacerdotes, verdadeiros fogos que ardem e resplendem, dos quais o mundo tem hoje, mais que no passado, urgente necessidade. Recordemos a graciosa cena bíblica de Josué que combatia na planície enquanto Moisés rezava na montanha. Os israelitas tinham saído do Egito. O rei Amalec os atacou com violência. Moisés, dirigindo-se a Josué, generalíssimo dos israelitas, lhe disse: “Vai combater os Amalecitas! Amanhã eu ficarei na montanha com a vara de Deus entre as mãos”. Josué iniciou a sua batalha contra os Amalecitas.
Crucifixo da Capela do Mosteiro - Itália
Narra a Escritura que, quando Moisés tinha a sua mão levantada em atitude de oração, os israelitas ganhavam, enquanto quando deixava cair as suas mãos, venciam os Amalecitas. As mãos de Moisés estavam cansadas. Foi então que Aarão, seu irmão, e um outro companheiro, sustentaram as mãos, um de um lado e o outro do outro, de modo que não se abaixassem até o por do sol. Foi assim que Josué pode vencer Amalec e o seu povo (Ex 17, 8-13).
Imaculado Coração de Maria:
imagem venerada no Mosteiro - Itália
Pequena igreja no jardim:
"Imaculado Coração de Maria"
Este episódio bíblico é denso de significado. Somente se existirem mãos levantadas em ato de contínua oração, os Sacerdotes, estes soldados de Cristo, soldados da primeira linha, poderão vencer a espantosa batalha, que hoje, especialmente, existe entre Cristo e o anticristo.
Imaculado Coração de Maria:
imagem venerada no Mosteiro - Itália
É portanto dever e suprema vantagem do Clero sustentar estas mãos elevadas para Deus, para a Trindade Sacrossanta, em ato de contínua imploração das graças divinas. E é também de indizível grande conforto para cada Sacerdote pensar que existe um certo número de almas, que se encontram continuamente, mesmo se invisivelmente, ao seu lado em todos os instantes da da sua vida, nos eventos tristes e alegres, nos seus sofrimentos, nos seus ásperos combates espirituais, na sua extrema agonia. Pelos Sacerdotes Agonizantes é recitada uma oferta especial todos os dias no momento do Ofertório da Santa Missa e, também depois da morte deles, as suas almas, assim como com a oração e os sacrifícios, são sufragadas com a celebração de Santas Missas nas Capelas da Congregação.
Que se multiplique portanto – é o desejo que surge espontâneo do coração – este número de almas destinadas a consumir-se totalmente pelos Sacerdotes!... E não esteja distante o dia em que – desejamos com todo o coração – toda Diocese da Orbe católica possa ter pelo menos uma Casa da Congregação das Servas da Santíssima Trindade. Será aquele, sem dúvida, o dia do supremo triunfo da Igreja e do Augusto, sua Cabeça, sobre as forças do inferno lançadas contra Ele.
Estas irmãs de vida contemplativa constituem o primeiro grupo da Família Religiosa das
Servas da Santíssima Trindade de Rovigo.
Elas:
a)
Vivem em clausura;
b)
Vestem uma túnica especial;
c)
Emitem os três votos religiosos;
d)
Dividem a sua jornada entre a oração e o
trabalho no interior do Mosteiro.
Interior da Capela do Mosteiro – Itália
As suas constituições estabelecem uma Clausura que não contrasta com aquela que são as exigências especiais da vida de hoje, pelas quais, nos casos e com as modalidades estabelecidas pelas próprias Constituições, a Irmã pode cumprir fora da clausura aquelas ações pelas quais a presença física se torna necessária. As normas em mérito retiram toda possibilidade de abuso e todo relaxamento no amor à Clausura.
Interior da Capela do Mosteiro – Itália
As orações das Irmãs de Clausura são:
a) Oração mental;
b) Oração vocal;
c) Adoração diurna e noturna, em
turnos, do Santíssimo Sacramento;
d) Recitação, em coro, do Divino
Ofício;
e) Outras práticas de piedade.
Crucifixo das monjas
A intenção das orações feitas por elas é somente e sempre: “interceder diante do Senhor que conceda à sua Igreja numerosos e Santos Sacerdotes e os assista ininterruptamente no cumprimento dos grandes e multíplices deveres do seu Ministério e Apostolado, concedendo a eles a superabundância de graças”.
Adoração
Meditando a Palavra de Deus
O trabalho a quem se dedicam no interior do Mosteiro consiste:
Na confecção da Matéria do Santo Sacrifício (Ázimos e Vinho), que é fornecido às Paróquias e Dioceses;
Batinas
Batinas
Paramentos litúrgicos bordados pelas Monjas
Na confecção dos Paramentos Sagrados e da roupa
para o Culto, das coisas mais comuns às mais ricas e solenes, observando
escrupulosamente as prescrições da Liturgia (a qual dedicam, por regra, horas
de estudo) e cuidando no máximo grau das exigências da Arte (na qual são
preparadas por especiais aulas internas), de modo que tudo o que sai de suas
mãos seja feito com inteligência, com perícia e amor e, portanto, possa brilhar
na Casa de Deus e aumentar a majestade e o decoro das Sagradas Funções.
Paramentos litúrgicos bordados pelas Monjas
Paramentos sagrados estudados, desenhados e bordados com gosto refinado pelas “Servas da Santíssima Trindade” são zelosamente guardados como verdadeiras obras de arte em muitas igrejas e institutos e foram admirados em diversas mostras públicas. Elas se dedicam também à reprodução de obras de arte sacra, na restauração perfeita de Paramentos sagrado antigos e de objetos vários preciosos.
As Irmãs Oblatas
Ao segundo grupo pertencem as Irmãs Oblatas, ou seja: - aquelas almas que não puderam, por motivos de força maior, entrar no convento quando jovens;
- aquelas criaturas que, operárias da última hora, sentiram, em idade avançada, a Voz do Senhor, que as chamava a Si na vida religiosa.
Presbitério - Mosteiro na Itália
Tanto no primeiro como no segundo caso devem porém ter sempre conduzido vida honesta e religiosa.
O Instituto das Servas da Santíssima Trindade abre para elas os braços, dando a elas a possibilidade de realizar os seus sonhos de dedicar-se ao Senhor no último período de vida, entrando para esta experiência de consagração.
Mesa da Palavra - Mosteiro na Itália
As irmãs Oblatas vestem o hábito religioso, vivem segundo especiais Constituições, conforme as exigências da sua idade não mais jovem, se dedicam à oração e a eventuais trabalhos adaptados a elas, ocupações e tarefas. Depois do período de noviciado emitem os votos religiosos.
Entrada as celas das monjas
Orações, trabalho, ocupações e tarefas das Irmãs Oblatas têm por finalidade a realização da finalidade do Instituto: “Interceder do Senhor que conceda à Sua Igreja numerosos e santos Sacerdotes e os assista no cumprimento dos grandes e muitos deveres do seu Apostolado e do seu Ministério, concedendo a eles superabundância de graças”.
As monjas em adoração do
Santíssimo Sacramento - Mosteiro na Itália
Assim as Servas da Santíssima Trindade, felizmente, à perfeição da vida contemplativa e de oração, unem aquele apostolado da caridade que é um dos mais preciosos frutos da mística vinha e que contradistinguem , no imperante egoísmo, a Santa Igreja de Deus.
A Santíssima Trindade
imagem atrás do altar da antiga capela
do Mosteiro das Servas da SSma. Trindade - Rovigo (Itália)
Retiro anual das Servas da
SSma. Trindade
guiado por
Padre Thiago Henrique Soares
Pinto Tavares
Abraão: Uma caminhada de fé
O
chamado... o desafio (Gn 12,1-9)
“Partir não é tudo; certamente há
quem parte e nada deixa, busca só sua liberdade... Partir, mas com amor ao seu
Senhor, com o coração aberto a todos...”
Abraão é muito mais que um indivíduo: é um
desafio, é a história de um sonho de encontrar o Deus vivo e caminhar com ele.
Como em toda a Sagrada Escritura, também aqui, é
o Senhor quem fala, quem toma a iniciativa:
ele chamou, que nosso coração, de um modo
inequívoco, escutou seu chamado, constante, teimoso, inquietante, que não nos
deixou sossegados enquanto não dissemos “sim”!
Essa palavra é como a chuva que lava, é como o fogo que queima...
Deus dirige a palavra e esta palavra é um
imperativo, uma ordem cheia de delicada autoridade divina: “Sai!” Escutar o
Senhor exige uma saída, um deixar, um desenraizar-se... Ninguém pode
responder-lhe sem sair numa saída contínua, nunca completa, nunca acabada,
nunca terminada.
Quem não está disposto a deixar, nunca deve
pensar em partir... Quem não é capaz de “perder”, não é apto para caminhar com
o Senhor Deus.
“Vai para a terra que te mostrarei”...
somente Ele é nosso caminho, o sentido de nossa
estrada e o fim, o destino do nosso percurso.
Ora, esta experiência
significa não caminhar na sua própria luz, mas na luz do Senhor, caminhar às
escuras para nós mesmos. É aquela realidade que os místicos chamam de “noite”.
São João da Cruz, sobre isso, tem palavras impressionantes:
Para vir a gostar o Tudo,
não queiras ter gosto em nada.
Para vir a saber o Tudo,
não queiras saber algo em nada.
Para vir a possuir o Tudo,
não queiras possuir nada.
Para vir Àquele que não gostas (= que não
experimentas),
hás de ir por onde não gostas (= não experimentas).
Para vir Àquele que não sabes (= não conheces),
hás de ir por onde não sabes (= não conheces).
Para vir a possuir Aquele que não possuis,
hás de ir por onde não possuis.
Para vir Àquele que não és, hás de ir por onde não és.
Caminheiro, você sabe: não existe caminho!
Passo a passo, pouco a pouco,
E o caminho se faz!
Quem se dispõe a caminhar com Deus deve sempre estar aberto a deixar
e a contínuas rupturas tanto
com coisas, quanto com
pessoas e situações.
Nunca se parte de uma vez por todas: é preciso
partir de novo todos os dias, em cada pequena escolha, em cada situação...
partir de nós mesmos, de nossas expectativas, de nossos modos e tempos...
Quando era pequeno, minha mãe costurava muito. Eu
observava seu trabalho de uma posição mais baixa e sempre perguntava o que
estava fazendo, dizendo-lhe que, de onde eu estava, o que ela fazia parecia
muito confuso. Ela sorria, olhava para baixo e, gentilmente, dizia: “Filho,
saia um pouco para brincar e, quando terminar meu bordado, eu chamarei você,
colocarei sentado no meu colo e deixarei ver o bordado da minha posição”.
Perguntava-me porque ela usava alguns fios de cores escuras e porque me
pareciam tão desordenados de onde eu estava.
Minutos mais tarde, escutava-a chamando “Filho, vem
e senta em meu colo!” Eu o fazia de imediato e me surpreendia e emocionava-me
ao ver a formosa flor e o belo entardecer no bordado. Não podia crer: de baixo
parecia tão confuso! Então minha mãe dizia: “Filho, de baixo para cima, se via
confuso e desordenado, porém não te ocorria que no plano de cima havia um
desenho harmonioso e cheio de sentido... Agora, olhando-o da minha posição,
você sabe o que eu estava fazendo”.
Muitas vezes, ao longo dos anos, tenho olhado para
o céu e dito: “Pai, o que estás fazendo?” Ele responde: “Estou bordando a tua
vida!” E eu lhe replico: “Mas, está tudo tão confuso, tão desordenado! Os fios
parecem tão desencontrados e escuros... por que não são mais ordenados e
brilhantes?” O Pai parece dizer-me: "Meu filho, ocupa-te de teu trabalho,
vive fielmente a tua vida... Eu farei a minha parte! Um dia, te trarei a mim,
te colocarei em meu colo e então verás o plano, da perspectiva, do meu ponto de
vista, a partir da minha posição." (Autor desconhecido)
Crucifixo na Capela do Mosteiro (Maceió)
Abraão sente faltar-lhe o chão sob os pés... O
que Deus promete ultrapassa toda a lógica, vai além de toda expectativa humana,
ultrapassa toda previsão... mais que nunca Abraão crê... crê numa promessa
humanamente impossível, irrealizável! Confia completamente no Senhor e abandona
suas dúvidas e ansiedades.
É assim: Deus foi cingindo o velho Abraão e
conduzindo-o aonde ele jamais pensou.
Eu me lembro, sempre me lembro, dentro de mim.
Eis o que recordarei ao meu coração
e por que eu espero:
os favores do Senhor não terminaram,
suas compaixões não se esgotaram;
elas se renovam todas as manhãs,
grande é a sua fidelidade!
Eu digo: minha porção é o Senhor!
Eis por que nele espero. (Lm 3,20-24).
Nenhum de nós pode ser tão tolo e tão presunçoso
que pense poder permanecer fiel sem momentos claros, fiéis e específicos de
encontro com o Senhor! É aí, na intimidade, na solidão com o Senhor, no segredo
de nosso coração, que o experimentamos e a aliança é renovada e a promessa pode
fazer-se sempre nova!
Abraão está na sua vida cotidiana, ordinária:
sentado, comodamente, descansando da comida do meio do dia e refrescando-se do
calor... Nem por isso é alguém fechado em si mesmo, voltado para o próprio umbigo:
“Tendo levantado os olhos, eis que viu três homens de pé, perto dele...” Abraão
é capaz de levantar os olhos, de ver o mundo em volta de si, de ver os outros.
Está longe de ser um homem egoísta! Uma verdadeira amizade com Deus jamais nos
aliena do mundo e dos outros.
Dá-me tua mão, irmão! Preciso de ti, tu precisas de
mim! Se estás sozinho e cais, temo que ninguém te levante. Se estou sozinho e a
noite me surpreende, temo ser devorado pelo medo. Dá-me tu mão e vem comigo!
Que eu saiba olhar em volta e te ver e ver meus irmãos! Que tu saibas olhar em
volta e ver as necessidades dos outros! Se estás comigo e eu contigo, seremos
como uma videira fecunda, que produz o bom vinho da alegria e da paz... seremos
como uma muralha, como uma cidade fortificada... e nada nos poderá abater...
seremos morada do próprio Deus!
A última prova (Gn 22,1-18)
“Abraão!
Abraão! Toma teu filho, teu único, que amas”... Vai à terra de Moriá e lá o
oferecerás em holocausto sobre uma montanha que eu te indicarei...”
A resposta
de Abraão é impressionante, não pelo que diz – Abraão nunca impressiona muito
pelo que diz, mas pelo que faz, por sua atitude silenciosa e concreta: “Abraão
se levantou cedo, selou seu jumento e tomou consigo dois de seus servos e seu
filho Isaac”.
Abraão, pai venerável!
Quando voltastes para a tua casa depois de Moriá,
não tinhas nenhuma necessidade de elogio fúnebre
para te consolar pela perda...
porque – não é verdade? – tinha ganhado tudo e
conservado Isaac.
Desde então, como o Senhor não o tomou de ti,
foste visto alegre à mesa com teu filho em tua
morada,
e é assim que estás lá no alto por toda a
eternidade!
Que eu retome minha fé, minha confiança no
Senhor... e siga adiante, confiando nele e não em mim mesmo! Deus é fiel,
completará o que começou em mim e cumprirá sua promessa! Para isso me chamou!
Assim foi com Maria, filha de Abraão, maior que
Abraão, e modelo de todo cristão... assim será comigo!
Mãe de Deus;
imagem venerada no Mosteiro da Casa Madre (Itália)
(Pintura executada por uma monja do Mosteiro)
(Pintura executada por uma monja do Mosteiro)
Eu te espero, ó Deus,
... pois os que te esperam brilham como o
sol,
como o sol ao amanhecer...
INTENÇÕE DO MÊS DE AGOSTO
Geral: Para
que os prisioneiros e as prisioneiras sejam tratados com justiça e sua
dignidade humana seja respeitada.
Missionária: para que os jovens,
chamados ao seguimento de Cristo, proclamem e deem testemunho do Evangelho até
os confins da terra.
Dos Bispos: Para que o reconhecimento
da igual dignidade do homem e da mulher se realize no respeito da singularidade
de cada pessoa, criada a imagem de Deus.
Mariana: Para que o afeto sincero
por Maria, se traduza em amor à Igreja.
Sacerdotal: Coração de Jesus que os
sacerdotes tenham a convicção que não há bem maior, nesta vida terrena, do que
conduzir os homens para Deus, despertar a fé, dar a esperança que Deus está
próximo e guia a história pessoal e do mundo.